É sabido que a nossa classe política está bastante desacreditada aos olhos dos portugueses. Não é para menos. Não há ano que passe sem que surjam acusações, escandâlos,suspeitas que envolvam a nossa classe política ou ex-dirigentes e ex-responsáveis de partidos políticos.Com efeito,para bem ou para mal,existe a percepção do que uma passagem por um cargo político é muitas vezes mio caminho andado para exercer um alto cargo numa empresa pública ou com participação do estado,num instituto público ou numa direcção geral,ou mesmo numa empresa privada com fortes ligações ao nosso estado.Há igualmente a ideia de que que,muitas vezes,os nossos partidos políticos servem mais as suas clientelas partidárias do que zelam pelo interesse nacional.Os políticos portugueses tem de melhorar os exemplos que dão,e tem de aumentar a transparência da vida pública e das ligações entre o estado e os privados.Se os nossos políticos querem,de facto,diminuir o número de funcionários públicos,que melhor exemplo do que fazer governos com menos ministros,menos secretários de estado e acessores? Se os nossos políticos pretendem racionalizar o nosso estado,que melhor exemplo do que reduzir os números de institutos,de observatórios e demais entidades e organismos públicos? Se os nossos políticos ambicionam moralizar o serviço público porque não moralizar o serviço público, porque não reduzir drasticamente os lugares de nomeação política disponíveis nos diversos ramos da administração pública e do sector empresarial do estado.Esta e outras medidas poderiam melhorar e muito a confiança que os portugueses tem nos seus dirigentes.
Artigo de Opinião da Notícias Magazine
Nenhum comentário:
Postar um comentário